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Entrevista Dra. Patrícia Gomes

25 Feb 2022



Dia 28 de setembro comemora-se o dia internacional do direito ao saber.


A data enaltece o direito de acesso à informação por parte de toda a gente e as vantagens dos governos transparentes.

Promover a liberdade de informação como condição essencial para a democracia e para a boa governança foi um dos objetivos traçados em 2002, num encontro de organizações mundiais que trabalham com liberdade de informação, em Sófia, Bulgária.

Deste encontro, que terminou a 28 de setembro, nasceu o primeiro Dia Internacional do Direito ao Saber.

O direito à informação é um direito humano fundamental, que todas as pessoas, independente de qualquer fator, deveriam usufruir. Neste dia apela-se à partilha de informação governamental a todos os cidadão, principalmente no que compete à qualidade e veracidade das informações.

Para enaltecer este dia, adiámos a divulgação da entrevista completa com a Dra. Fátima Patrícia da Silva Soares Gomes que estava prevista para o dia 26/09 para hoje.

Nestes tempos que correm, sempre é bom partilhar conhecimento de qualidade e informações. Então vamos a isso!


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Você é licenciada em qual(s) área(s) do conhecimento?e Por que escolheu esta(s) área(s)?



Sou licenciada em Biologia e Geologia pela Universidade do Minho, posteriormente tirei o Mestrado em Biologia na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e, muito recentemente, concluí o Doutoramento em Ciências, novamente na minha casa mãe (UM). Escolhi esta área pois desde muito cedo manifestei uma paixão e interesse por tudo o que estava ligado à Natureza. Com o avançar da minha formação, decidi aprofundar os meus conhecimentos na área do Ambiente, mais especificamente em contaminação ambiental e possíveis formas de remediação.



Qual(is) o(s) principal(is) projetos da sua trajetória profissional ou académica (ou pessoal) que gostaria de lembrar(poderia descrevê-lo ou partilhar arquivos) ?



Bem, tenho a ideia que achamos sempre que os últimos acontecimentos são os mais marcantes. Como não poderia deixar de ser, em termos profissionais, e até porque foram relativamente próximos, destaco a materialização de uma ideia e projeto que me acompanhava já há alguns anos, e que culminou na constituição da empresa PhytoClean. A par disso, destaco também a conclusão do meu Doutoramento. Refiro estas estas duas etapas pois, além de marcantes e muito exigentes, foram iniciadas praticamente ao mesmo tempo. Em termos pessoais não posso deixar de destacar o nascimento do meu filho que aconteceu em plena pandemia e enquanto finalizava também o doutoramento.



Em qual instituição você concluiu sua licenciatura?



Universidade do Minho (resposta acima).


Onde você cursou o seu Ensino Médio(Ensino Secundário)?



Sou de Braga e, portanto, praticamente toda a minha formação de base foi realizada nesta cidade. O secundário não foi uma exceção. Terminei-o na escola D. Maria II, que se encontra localizada bem perto do centro e que frequentei desde o 7º ano.


Ouve alguma playlist enquanto cria/trabalha?Qual?



Não. Mas confesso que quando estou a trabalhar gosto de ouvir músicas calmas. Normalmente, quando a concentração o permite, ouço rádio (Smooth FM), onde toca praticamente jazz. Desde que fiz uma das viagens mais marcantes da minha vida, que incluiu locais inóspitos da costa leste africana, dou por mim muitas vezes a sintonizar também rádios daquele continente… apesar de não perceber nada de suaíli :)


Quais os principais autores que costuma ler? Pode indicar 3 autores que lê para a sua atuação profissional e pelo menos 1 que indicaria para ler nos momentos livres?



Em termos profissionais procuro ler vários autores que tenham realizado as suas investigações em áreas às quais estou, em determinado momento, debruçada. Posso destacar por exemplo o Eng.º Relvão, no que diz respeito a fitorremediação e tratamento de água. A título pessoal gosto de ler biografias, principalmente de mulheres que tiveram um certo peso na história, por variados motivos. Costumo ler também livros da área da psicologia e medicina, que me permitem auxiliar e manter o foco, tanto no âmbito pessoal como profissional. Nos momentos de puro relaxamento entrego-me aos romances (normalmente nas férias). No entanto, não tenho nenhum autor que possa destacar, pois, neste domínio sou bastante eclética. Agora, com o mais recente membro da família entrou na minha biblioteca mais um tema que me suscita imenso interesse e que são as crianças!



Que tipo de impactos positivos acha que a sua área de atuação trouxe para sua comunidade (freguesia ou País)?



Bem, eu tento contribuir da melhor forma e ceder todo o conhecimento que adquiri e que penso ser útil para a sociedade. O melhor exemplo que posso dar prende-se com a criação da minha empresa. A PhytoClean (www.phytoclean.pt) é um exemplo de uma entidade ao qual empreguei grande parte do meu conhecimento e que acredito ser uma mais-valia, não só para as populações, mas também para a proteção do ambiente e ecossistemas. Sem querer estar a aprofundar muito, a PhytoClean prende-se maioritariamente com a produção de plantas aquáticas autóctones que permitem o tratamento de águas e solos contaminados, sem o recurso a químicos. Além da premissa ecológica inerente ao processo, numa altura em que o recurso água é cada vez mais escasso devido a questões antrópicas, nomeadamente alterações climáticas, contaminação, etc., acredito que este método eficaz contribua de forma valiosa para a proteção do Natureza e da saúde humana.


Qual sua opinião sobre os impactos da pandemia no percurso profissional de jovens investigadoras?



Quando me coloco no lugar do outro e penso que me poderia ter acontecido numa fase em que estivesse a realizar a minha tese de mestrado, de projeto ou de intensa atividade laboratorial para a obtenção de dados, por exemplo, gelo! Isto porque a aprendizagem da componente prática na minha área é extremamente importante e é a base de todo o resto. No entanto, estou confiante na capacidade de resiliência e persistência que as jovens possuem, e acredito que, apesar de angustiante, possam transformar estas vivências menos positivas em etapas de superação.



Acha que os rumos das reflexões na sua área de investigação em sofreram alguma mudança de abordagem tendo em vista as transformações que estamos passando? Se sim, cite um exemplo.



Penso que sim. A pandemia trouxe para cima da mesa variadíssimos temas, entre eles o Ambiente. Acredito que todos nós, enquanto sociedade e indivíduos repensamos os nossos comportamentos e atitudes. Julgo que a transição para uma sociedade mais consciente vai ser implementada de forma mais célere pelos poderes governativos, pois será uma exigência da própria sociedade. A título de exemplo, recentemente foi lançada a notícia de que a União Europeia iria incentivar fortemente a gestão equilibrada de água através de métodos de tratamentos ecológicos, algo que a PhytoClean já tem vindo a ser vanguardista.


Qual sua principal ferramenta de trabalho?



Atualmente é o computador, sem dúvida!


O que você diria ao seu eu antes da Pandemia do novo coronavírus?



Confesso que em termos profissionais não houve grandes repercussões de forma a estabelecer um antes e um depois pandémico. Isto prende-se muito com o fato de nessa mesma fase estar absorvida em plena licença de maternidade. Contudo, é certo que a pandemia afetou todos, nas mais variadas formas. No meu caso em específico tive que lidar com questões que não passaram tanto pela esfera profissional. No entanto, e como em tudo, houve pontos positivos e negativos.



Do ponto de vista profissional, na sua opinião qual foi o seu maior desafio nestes últimos 2 anos?



Destes dois últimos anos não consigo dissociar a parte profissional da pessoal, por isso posso dizer que foi sem dúvida conciliar a minha atividade enquanto Diretora Científica da PhytoClean na mesma fase que que terminava o meu doutoramento e enquanto tinha um bebé muito pequenino em casa.


O que te motivou a ingressar em um curso de pós-graduação, que mensagem deixaria para quem neste momento deseja ingressar?



Sempre achei que o meu futuro passaria pela investigação. Como tal, sabia que uma licenciatura não seria suficiente para conseguir alcançar os meus objetivos. Adicionando a isso, sempre nutri um enorme interesse em aprender. Tanto que por vezes sinto uma espécie de borboletas e excitação como se de uma criança se tratasse. Aliás, acredito que a minha carreira profissional, além de toda a responsabilidade associada, permite-me manter um espírito jovem pelo estímulo que é aprender todos os dias! A mensagem que posso deixar aos mais novos e não só, é sempre a mesma: escolher áreas que vos façam felizes pois acredito que esta é a receita da criação de bons profissionais e, não menos importante, pessoas mais realizadas também! Aproveito para citar uma frase de Confúcio e que me serve como uma luva: "Escolhe um trabalho de que gostes e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida”.



Quais as principais revistas indexadas que considera importantes na sua área de investigação?



Bem, muitas! Ando sempre a descobrir novas revistas para as quais ainda não tinha publicado, variando consoante a minha área de atuação ou novas ideias de investigação. No entanto deixo para os leitores a Environmental Science and Pollution Research, Plants e a International Journal of Phytoremediation.


Qual (is) tipo de conteúdo(s) gostaria que fosse mais abordado nas redes sociais que segue?



Sem dúvida, e no que toca à área ambiental, seria o caso da exploração de recursos. Escolho este por ser uma das minhas áreas de investigação no que toca à questão ambiental, mas também por sentir que existe um desconhecimento por parte da população, um afastamento entre esta e a comunidade científica e também porque considero que a classe política não esteja preparada com conhecimento científico de causa. Acredito que seria uma mais-valia o aproximar destes três grupos, de forma a informar com base em evidencias científicas e sem sensacionalismos, afim de tomadas de posições mais adequadas. Cabe-nos a nós, também, enquanto cientistas promover e divulgar as atividades realizadas na ciência de forma a chegar ao publico em geral.


Como você vê o futuro (próximos 5 anos) para a sua área de atuação?



Em termos profissionais irei iniciar uma nova etapa como Investigadora Auxiliar no Instituto de Ciências da Terra (ICT), a par da minha já posição dentro da empresa PhytoClean. De forma global, acredito que iremos observar uma revolução no que toca ao ambiente, com os já conhecidos conceitos de economia circular, onde, tal como referi acima, a preservação de ecossistemas, o repensar do consumo de recursos e a forma como consumimos hoje em dia, vai-nos conduzir para sistemas com menor impacto no ambiente assente em técnicas mais ecológicas. No que diz respeito a mim, cá estarei para contribuir da melhor forma e com o mesmo empenho de sempre!



Gostaria de deixar alguma mensagem para mulheres que estão a iniciar suas carreiras em áreas correlatas com a sua?




Mais informações sobre a Dra. Fátima Patrícia da Silva Soares Gomes.



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